terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oração aos moços - Rui Barbosa

A algumas semanas atraz, meu avo me indicou um livro de Rui Barbosa, não apenas um livro, mais uma das mais belas obras escritas por um Brasileiro, apos le-lo fiz um resumo, ou melhor uma descrição para mostra-lhes a grandeza da seu intelectualismo.

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Oração aos Moços trata-se de um célebre discurso escrito por Rui Barbosa, Baiano, advogado, jornalista, político, diplomata, ensaísta e orador.
Considerado um dos mais brilhantes juristas, equilibrando energia e brandura, a Oração aos moços, destinada aos bacharelandos da Faculdade de Direito Largo de São Francisco, revelou a serenidade e o amadurecimento conquistados pelos embates travados ao longo de sua trajetória de vida e principalmente de seus 50 anos de advocacia.
Neste celebre discurso, Rui Barbosa os presenteou com uma das mais brilhantes obras, demonstrando sua maturidade intelectual, discutindo valores, princípios, posturas, as suas palavras proclamaram que Na missão do advogado também se desenvolve uma espécie de magistratura. As duas se entrelaçam, diversas funções, mais idênticas no objeto e na resultante. Justiça com o advogado, Justiça militante. Justiça imperante, no magistrando.
Cita indiretamente Aristóteles, com a clássica definição do principio da igualdade. A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam. Nesta desigualdade natural, e que se acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são desvarios da inveja, do orgulho, ou da loucura. Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.
Rui Barbosa abre o livro de sua vida, dando conselhos como de pai a filhos, com citações não somente de conhecimentos profissionais, da uma lição de moral e persistência, principalmente quando cita a historia do Padre Suarez. Que ente os cinqüenta aspirantes, ingressos a Companhia de Jesus, foi o único rejeitado, por curto de entendimento e revesso ao ensino. Embora primasse entre os mais aplicados, levara nota de indiferente, era por consenso de todos, um invencível incapacitado. Que com a ajuda de Gutierrez, animou-se a orar, persistir e esperar, então derrepente alargou-se, então a claridade a inteligência. Mergulhou-se, então cada vez ao estudo, foi mestre insigne, encamou todo o saber da renascença teológica ilustrou as cadeiras de filosofia, teologia e cânones nas mais famosas universidades européias. Nos seus setenta anos de vida professa as ciências teológicas durante quarenta e sete anos, escreveu cerca de duzentos volumes, e morre comparado com Santo Agostinho e São Tomas de Aquino, abaixo de quem o considerasse o maior gênio, que tem tido a igreja, sendo tal sua nomeado ainda entre os protestantes, que desde jesuíta, como teólogo e filósofo, chegou a dizer Grócio que apenas havia quem o igualasse.
Com essa historia fascinante Rui Barbosa descreve da maneira mais que como ele mesmo cita. Ao trabalho, nada é impossível. Dele não há extremos, que não seja esperar. Com ele nada pode haver, de que desesperar
Rui, ainda neste celebre discurso, forneceu aos jovens bacharelos vários conselhos, e diretrizes, tais com estes.
Senhores bacharelandos: pensai bem que vos ides consagrar à lei, num país onde a lei absolutamente não exprime o consentimento da maioria, onde são as minorias, as oligarquias mais acanhadas, mais impopulares e menos respeitáveis as que põem e dispõem as que mandam e desmandam em tudo.
Discutindo valores, posturas, princípios, Oração aos Moços, tornou-se ainda mais atual quando abordou a ética e a conclamou pela justa aplicação da lei lembrando que o direito dos mais miseráveis dos homens, o direito do mendigo, do escravo, do criminoso, não é menos sagrado, perante a justiça, que o do mais alto dos poderes. Antes, com os mais miseráveis é que a justiça deve ser mais atenta.
As palavras revelavam sua moral rígida e hábitos metódicos mantidos ao longo da vida. Moral que, aliada ao acurado senso de justiça, destacaram Rui Barbosa na Conferência de Paz em Haia, após a Primeira Guerra Mundial.
Alem de escrever frases impactantes como.
Não há justiça, onde não haja Deus.
Legalidade e liberdade são as tabuas da vocação do advogado.
Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar a Fé em Deus, na verdade e no bem.
Com proféticas palavras desvendou a força da juventude na construção de uma nação forte, convocando-a a participar do que chamou de ressurreição ansiada: Mãos a obra da reivindicação de nossa perdida autonomia; mãos a obra da nossa reconstituição interior; mãos a obra de reconciliarmos a vida nacional com as instituições nacionais; mãos a obra de substituir pela verdade o simulacro político da nossa existência entre as nações. Trabalhai por essa que há de ser a salvação nossa.
Enfim, Oração aos moços é uma brilhante lição de fé e de civismo à mocidade. Uma preciosa mensagem rica de metáforas, de onde jorram os mais sábios ensinamentos e os mais elevados conselhos. Rui Barbosa sintetiza neste livro, com rara felicidade, as fontes de vocação do advogado, e perfeitamente lições para uma vida tanto interiormente, quanto profissionalmente.

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