domingo, 7 de novembro de 2010

Kurt Cobain - Um herói maior que seu mundo!



O que dizer do Nirvana? O que dizer de Kurt Cobain? Será que tudo já não foi dito?
Enquanto procuramos respostas para essas perguntas simples, milhares de pessoas procuram por imagens perdidas, relíquias jamais encontradas. Por um lado em busca de riquezas materiais, então por outro, milhares de fãs, assim como eu, querendo ganhar apenas mais momentos de alegria ao som e à luz viva que emanava de Kurt!
Mesmo os que não gostavam de Kurt ou do Nirvana ou de grunge ou até mesmo de rock reconhecem a força contida naquele rapaz franzino e mal vestido, com cabelos desgrenados e voz limitada, que gritava e sussurrava como ninguem, falando diretamente ao coração das pessoas, sobretudo à juventude.
No seu ato final, o que sabemos era o que ele não queria. Estar no mundo doía. Doía mais do que envelhecer calado.
Fãs antigos não se conformavam com o status alcançado pela banda, que a fazia sair do undergrounde e cair nos braços de qualquer um, até mesmo os que não entendiam o que queria dizer Kurt Cobain. Fãs novos não se conformavam com a carência de hits instantâneos nos novos discos, afinal o que eles mais queriam era pular, gritar - mesmo que não entendessem o que queria Kurt Cobain. Mais, o que queria dizer Krut Cobain? Alguém sabe?
Coragem, revolta, fuga da realidade, desprendimento dessa vida...
O que levou ele ao suicídio, nunca saberemos de fato. Não bastam palavras vomitadas sobre um bilhete suicida. Mas podemos ter ao menos uma certeza: ele tinha conciência sobre o esse mundo bem que este mundo não mais lhe cabia. O mundo queria um novo herói, um herói suicida, mesmo que não soubesse disso.
Adécada de 60 teve Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e tantos outros.Os anos 70 tiveram Sid Vicious, John Bonhan, Bon Scott. Aí veio a década de 80 e frustou as expectativas. É certo que alguns artistas se conduziram à morte prematura (se é que temos hora pra morrer), mas esses não chegaram a ser heróis. O mundo não iria aceitar que mais uma década passasse sem um ícone da personalidade descartável. Descartável como os próprios sentimentos que regiam (e ainda regem) a atual sociedade.
Vivo, Kurt estaria com mais de 40 anos de idade, e poderia estar completamente decadente, vivendo às custas dos royalties de antigos sucessos. Morto ele não morrerá nunca, eternizado na mente de todos.

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